domingo, 28 de dezembro de 2008

A Seleção Antinatural Feminina (ou A Farsa da Seleção Natural Darwinista)

O relacionamento dito amoroso da decadente sociedade capitalista-hedonista-judaico-cristã-ocidental não difere da prostituição explícita por motivos já expostos no texto “A Prostituição (ou O Comércio do Amor Sexual)"; apenas o que muda é a conjuntura de ocultação de fatos e os sentimentos em jogo por parte da mulher e do homem. Ou seja, o homem quer se satisfazer sexualmente como os animais e a mulher quer se exibir, adquirir status social e/ou acumular riquezas. A regra deste tipo de relacionamento não é clara como a proposta feita a uma profissional do sexo, mas pode vir a ser um investimento vantajoso à longa data para a mulher. Isso porque a prostituição é a forma mais rápida de satisfação de desejos, e é por esta razão que alguns historiadores a consideram “a profissão mais antiga da humanidade”.

Contudo, o dogma da ciência oficial insiste na estúpida teoria de que “a escolha feminina estaria baseada naqueles capazes de fornecer melhores genes à espécie”. Mas, se assim fosse, os escolhidos pelas fêmeas deveriam oferecer, também, algumas vantagens hereditárias à espécie humana. Mas o leitor atento à realidade ao seu redor poderia perguntar: “então por que a humanidade não está evoluindo?” A evolução genética não vem acontecendo pelas seguintes razões:

1) A teoria darwinsta sobre a evolução das espécies é uma farsa, e a maioria dos acadêmicos se baseiam nessa tese para formular seus postulados;

2) Porque nem sempre um homem que possui vastos recursos financeiros é o que carrega os melhores genes da espécie humana.

(Cabe aqui uma rápida explicação ao item dois: estudos científicos pecam em confundir “melhores" genes com situação social. Com essa afirmativa os cientistas, defensores da ordem vigente, tentam justificar que a luta de classes é de ordem natural, quando na verdade é de ordem econômica.)

Então, onde fica a “seleção natural" que esses espertinhos querem nos empurrar goela abaixo?

Vamos aprofundar essa questão. Segundo a teoria oficial, os homens mais “atraentes”, do ponto de vista social, considerados “bonitos” pelas fêmeas humanas, que indicam aparentemente terem genes melhores à descendência da espécie, teriam maiores chances de adicionar suas conquistas amorosas com múltiplas mulheres do que investindo em uma única mulher. Também as pesquisas apontam que os homens mais “atraentes” apresentam mais relações extraconjugais. Daí já se percebe uma contradição bastante clara na “seleção” feminina: sentir atração por homens que desfrutam sexualmente de várias mulheres. Ou seja, o homem galinha. Do ponto de vista lógico, sentir atração por quem desfruta de várias parceiras é uma tendência à poligamia. É aceitar ser passada para trás mais cedo ou mais tarde. É ir de encontro com a monogamia. Monogamia é antônimo de poligamia, logo não se pode exigir monogamia daquele que "leva vantagem" sendo poligâmico. Sendo assim, não vejo alternativa a não ser qualificar a estratégia feminina de seleção antinatural, pois vai de encontro com a “seleção natural” defendida por nossos acadêmicos da ciência. E o que os acadêmicos defendem? Defendem que "a seleção feminina, na escolha do seu amásio, é similar à seleção das fêmeas monogâmicas do reino animal". Agora o leitor poderá perguntar: “sim, mas por que diabos a seleção feminina é antinatural?" É uma seleção antinatural porque ela (mulher) estabelece um parâmetro entre as necessidades materiais dela e os benefícios genéticos à prole. Uma via dupla! A senda mais lógica para alcançar esses objetivos seria procurar um parceiro economicamente estável para o relacionamento oficial e, então, tentar conciliar a carga genética de sua prole mantendo relações extraconjugais com homens que carreguem "melhores" genes. Nessa questão, Baker, cientista que estuda ferômonios, afirma que “mulheres mais avançadas na escala de evolução” apresentam uma tendência a fazer uma "seleção por genes" através de relações extraconjugais. Percebe a contradição? Como um ser "mais avançado na escala de evolução" pode ser tão traiçoeiro? Este estudo, portanto, confirma a poligamia no universo feminino e derruba o mito que “as mulheres são monogâmigas por natureza e selecionam melhor seus parceiros para um relacionamento duradouro".

Concluo esta reflexão me rendendo aos fatos e reforçando o pensamento que o critério de seleção feminino contribui para a deterioração da espécie humana (exceções à parte). Contribui para a involução de nossa espécie porque o homem não está sendo selecionado, mas sim explorado financeiramente enquanto sua parceira mantém relações extragonjugais para selecionar os "melhores" genes (excessões à parte). Penso, também, que a seleção(?) feminina é um dos fatores da continuidade da luta de classes, porque impeli o homem a comepetir por bens materiais para atrair a atenção da fêmea interesseira. Não há, portanto, seleção rumo à evolução, mas sim seleção rumo à involução e extinção; e a sociedade vem demonstrando isso sistematicamente.

A Prostituição (ou O Comércio do Amor Sexual)

A prostituição, como é sabido, é o comércio profissional do amor sexual. Só que aqui não limito apenas em descrever o comércio habitual das profissionais do sexo. Aqui discorro sobre a prostituição escancarada e generalizada, que acontece hoje e é mascarada pelo romantismo hipócrita. Sim, porque, na minha opinião, a prostituição é o domínio que uma mulher pode exercer sobre a economia e a política de um homem que é escravo de seus desejos sexuais. Esse domínio pode ser de forma explicita ou velada. Quando é explícito, existe um acordo que o tempo e a quantia são discutidos claramente entre as partes, onde o lucro fica totalmente com a mulher, se esta é uma profissional autônoma. Mas, na maioria dos casos, é velado, ou seja, a mulher tem tanto poder sobre o homem, que este acaba sendo controlado por toda vida, iludido com o fascínio erótico que a mulher exerce sobre ele, e, desgraçadamente, não consegue perceber que a culpa de sua escravidão está em si mesmo.

Para compreender como a prostituição ganhou força e se tornou habitual no mundo moderninho, precisamos entender primeiro o princípio básico da economia, pois é aqui que tudo começa. Entendemos por economia “o estudo do homem para satisfazer suas necessidades ilimitadas, utilizando-se dos recursos limitados de que dispõe e que escolhe com liberdade”. (Princípios de economia, Edgar Aquino Rocha, p. 21). Mas, como a prostituição segue a lógica capitalista (ou egoísta) a mulher questiona: “por que dar se eu posso vender?” Só é possível vender algo se há escassez (lei da oferta e da procura). Se o ato sexual é vendido, isso significa que existem homens que estão sendo privados de sexo. E toda prostituta, declarada e não-declarada, deseja aumentar seus ganhos, seus lucros. Nesse esforço capitalista, elas tentam dominar o mercado ou serem amas absolutas dos homens que possuam poder (material), afastando a concorrência e mantendo os homens de baixo ou nenhum poder aquisitivo na carência sexual e afetiva. Disso deriva a maioria dos problemas econômico-sexuais do homem contemporâneo, e todos os problemas econômicos, sejam eles quais forem, estão pautados a uma dificuldade central: o da escassez.

Uma breve observação no meio que vivemos mostra-nos que não conseguimos a mulher que desejamos quando estamos loucos para transar; e que apenas aqueles que têm um poder aquisitivo acima da média, desfrutam sexualmente das mulheres mais desejadas na hora que querem.

Daí, três demandas econômicas básicas do amor sexual que o homem privado do sexo tem que enfrentar:

a) nossos desejos e necessidades sexuais são ilimitados;

b) as mulheres mais desejadas, vulgo “gostosas”, que estão ao nosso alcance, são escassas porque se oferecem justamente aos do topo da hierarquia econômica;

c) para possuí-las, procuramos aplicar o mínimo esforço possível para obter as melhores, usando nosso critério de seleção (lei básica da economia).

Dos três problemas fundamentais acima derivam outros importantes que são postulados para qualquer tipo de relacionamento dito amoroso: namoro, noivado, casamento, sexo casual, etc.

Eis os quesitos:

1) Que tipo de mulheres estão disponíveis para o sexo de qualidade, e em que quantidade?

R: Na prostituição explicita, aqueles que pertencem à elite - por possuírem mais recursos financeiros - usufruem sexualmente das mais gostosas. E na prostituição velada, as mulheres se oferecem somente àqueles que possuem mais recursos financeiros, a despeito de toda ladainha romântica.

2) Com que métodos são resolvidos esses problemas, já que se o indivíduo tem pouco ou nehum recurso financeiro é excluído pelas mulheres para a prática sexual?

R: A teoria nehasseniana analisa-os.

3) Todas as mulheres são prostitutas em potencial, ou existem exceções à regra?

R: Embora no plano geral todas as mulheres se ofereçam aos homens de maior poder aquisitivo, a história mostra-nos que mulheres que não sigam esta regra são escassas. Quase inexistentes. Daí duelos, luta de classes, violência, exibicionismo, etc.

Diante de tais circunstâncias o homem privado do sexo feminino, e que se sente constrangido a pagar uma profissional do sexo segue uma das seguintes opções:

a) Se entrega às regras do sistema para manter a estrutura econômica estabelecida (capitalismo), pois os excluídos são rejeitados de modo miserável.

b) Se torna um criminoso, pois ser “fora da lei” também gera dinheiro e status no país do carnaval.

c) Se torna dependente de drogas e entorpecentes, negando-se a fazer parte desta hipocrisia fendida (o que é uma ameaça ao sistema e sua integridade física).

d) Inventa novas tendências, tais como: uma nova religião, uma nova moda, um novo partido político, uma nova ordem econômica, uma nova arte... enfim, um novo grupo onde eles serão os centros e obterão o que sempre desejaram quando excluídos: sexo de qualidade.

Quaisquer das opções acima não é a solução do problema, pois se converterão em novas exclusões reformuladas em cima da mesma base econômica.

Concluo assim, que o estudo da prostituição é importante e necessária a todos (incluindo as mulheres), pois creio que o poder da prostituição está justamente na troca de bens de consumo supérfluos por sexo, onde o capital, a mercadoria, seres inanimados, são considerados vivos – fetichismo. Nessa relação, o valor da troca se torna superior ao valor de uso, e a mulher desvaloriza-se perante o homem e vice-versa. Ou seja, o que nós, homens, temos de bens materiais é considerado superior ao que somos (Ser), pois o que se é privilegiado no capitalismo são as relações entre as coisas, que, inevitavelmente, definem as relações sexuais. A conseqüência dessa relação doentia é que a “humanização” do capital leva a desumanização do homem, e, consequentemente, a prostituta declarada e não declarada se transforma em mercadoria. Por isso é essencial que cada cidadão e cidadã de bem conheça o que acontece pelos bastidores do romantismo, se não quiserem ser ludibriados pelo “canto das sereias”.