sábado, 15 de fevereiro de 2014

Conduta Doutrinária (Ou Virando as Armas Contra Si Mesmo)

Com muita frequência nos esquecemos de nos manter em da Conduta Doutrinária. Isso acontece porque não conseguimos estar constantemente vigiando e orando, como nos ensinou o Mestre dos mestres. 

Muitos confundem o vigiar em tomar partido à vida alheia, de observar como os outros se portam dentro e/ou fora do Templo. O vigiar diz respeito a observar a si mesmo, de "virar as armas contra ti"; em prestar atenção na própria conduta. Só se pode conhecer o "mal" tendo como referencia nós mesmos, o resto é característica geral e espelhos. Com a observação de nós mesmos encontramos dentro da gente tendências contrárias à Conduta Doutrinária que reforçam o "mal". Este "mal" está em nós mesmos, é por isso que conseguimos enxergá-lo fora de nós. É necessário muito tempo para compreendermos isso plenamente, pois temos mecanismos psicológicos naturais que nos impedem de enxergamos nossas contradições. Como nos diz o Apóstolo Paulo: EU FAÇO O MAL QUE NÃO QUERO E NÃO FAÇO O BEM QUE EU QUERO. 

Podemos nos enganar muitas vezes achando que apenas com o trabalho desobsessivo se elimina o "mal". O "mal" é apenas uma referência do que não devemos seguir. Logo, a Conduta Doutrinária não segue um código de conduta moral imposta, como muitos pensam. A Conduta Doutrinária almeja elevar a consciência moral, não necessitando que busquemos referências externas do que é certo e errado. A referência interna da Conduta Doutrinária é a lembrança do nosso Juramento: 


Senhor! Nesta bendita hora, venho pedir-Te a permissão para melhor conduzir-me no teu Exército Oriental!
Esta espada de luz encoraja-me. Conduzindo meu espírito à mesa redonda da Corrente Branca do Oriente Maior...
Senhor! Neste instante sinto-me ligado
Às forças magnéticas do Astral Superior,
À ciência dos Veteranos Espíritos que, em breve, me transportará,
Induzindo-me o Espírito da Verdade!
Esta taça que levo aos lábios, com o sabor de todas as virtudes,
O vinho que, em breve, correrá em todo o meu corpo,
Me transportando, a todos os instantes,
O poder das forças magnéticas da paz, do amor e da sabedoria!
O gume desta espada, apontada ao meu peito,
É a demonstração viva do que Te posso dar!
Fira-me, quando meu pensamento se afastar de Ti!
Ingeri a taça do Espírito da Verdade,
E nesta taça impregnei todo o egoísmo que me restava...
Ninguém jamais poderá contaminar-se por mim!


Não permita que coisa alguma vos impeça de seu único objetivo, sua Missão, seu juramento. Esteja focalizado unicamente em sua Missão; no centro de gravidade da individualidade. Enquanto isso não for posto em prática, estarás sempre sujeito aos assédios do vale das sombras, e podereis cair em tentação. Daí o antídoto: focalizar em sua Missão. Se entregue totalmente a sua missão. Essa é a melhor defesa ao "mal" e para se manter em Conduta Doutrinária.

A Espiritualidade Maior ajuda os "bons" e os "maus". Pode ser que os "maus" – no sentido de hostis e/ou contrários ao trabalho desobsessivo e evolução planetária – possam ingressar na Corrente Indiana do Espaço consagrando-se na Iniciação, na Elevação de Espadas, na Centuria, etc. Isto em si não é difícil. Mas, onde todos, igualmente, recebem as mesmas forças e experimentam seus efeitos, ficará evidente quem é "mau" e quem não é, quem busca fins materiais e quem não busca.

A partir do momento que damos início à nossa Missão, toda a legião do vale das sombras se volta contra nós; mental, etérica, verbal e fisicamente. Quando aprofundares mais nos Trabalhos práticos, e receberes o batismo do fogo, que inclui o atrito entre os semelhantes, ficarás conhecendo imediatamente todos os opositores ao Sistema Crístico, todos os que buscam bens materiais e os cobradores encarnados que vieram em busca do que a Lei permitiu cobrar ("paga quem deve, cobra quem tem merecimento."). E ficarás conhecendo eles melhor do que eles se conhecem. Assim, sabereis como se conduzir em cada circunstância.
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Vídeo complementar ao assunto:



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